não sei o que fazer a tanto




ultima noite.
que significa apenas que amanha será o dia de partida.
espero ainda acordar cedo e voltar a subir a montanha.

hoje, depois de subir, e continuar a subir
de skis ainda nas mãos
com aquele andar que faz lembrar a lua, de pés muito pesados
a caminhar sobre a neve
com um nevoeiro cerrado
o branco eterno á minha volta
aquela sensação de que mais um passo ao lado e ninguém nunca mais me via.
nem eu nunca mais via ninguém.
um misto dentro de mim
que me leva aos extremos
que me deixa a flutuar de prazer e com o maior nó na alma da maior das angustias.
senti que tudo aquilo é tão demais para mim.

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